BIOGRAFIA

“O tiro perfeito, assim como o resgate perfeito, é uma questão de enquadramento.”

Nascido num vilarejo calmo, porém histórico, Haugland desde cedo gozou de elogios e falta de concorrência. Sempre o melhor em tudo o que se propunha a fazer, ele facilmente se via como um cirurgião pediátrico admirado e matriculado na faculdade de medicina. Contudo, logo descobriu que decorar teorias não era para ele e, em lugar disso, optou pelo treinamento de paramédicos para entrar em ação mais rapidamente.

As Forças Armadas Norueguesas o levaram a um novo mundo de realizações. Haugland concluiu o treinamento básico e entrou para a Guarda Nacional da Noruega, onde obteve a reputação de herói. Após o término do serviço obrigatório, ele foi aceito no Forsvarets Spesialkommando e, logo em seguida, participou de um notável resgate de reféns. Como parte de uma operação conjunta com a ONU na Somália, sua tendência a atitudes teatrais e sua natureza impulsiva resultaram no salvamento da vida de Kali. A oferta para se juntar à NIGHTHAVEN rapidamente apareceu.

RELATÓRIO PSICOLÓGICO

É necessário um certo tipo de pessoa para se colocar na linha de frente dos serviços de assistência a catástrofes e, à primeira vista, o Especialista Håvard “Ace” Haugland não tem esse perfil. Ele é arrogante, atrevido e egoísta. Ainda assim, sua imagem exterior se baseia totalmente no altruísmo e suas mídias sociais refletem seu desejo de ser percebido como o cidadão íntegro definitivo. Ele tem uma certa avidez, não apenas por emergências e extrações médicas, mas por publicidade positiva. […]

Imagino que sua paixão por atenção se dê por ter crescido numa pequena vila, onde era considerado uma espécie de herói local. Me surpreendi quando soube de sua precoce ambição de se tornar cirurgião pediátrico – função que ele parece considerar o topo das posições sociais. Em razão de sua preferência pela prática sobre a teoria, não me surpreendo que tenha escolhido o treinamento para paramédico. Seu recrutamento no exército e seu papel seguinte como médico de combate só reforçam ainda mais sua imagem de “menino de ouro”. […]

O homem em si, construído ao redor de seu desejo de controlar com firmeza como os outros o enxergam, permanece ainda um mistério. Sua imagem o leva a ser agradável e a ter sucesso ao trabalhar de perto com seus colegas, pelo menos até a entrevista depois da missão. Mas por trás dessa fachada há uma luta que me pergunto se Haugland estaria ciente. Certamente, se tem fraquezas, estas não são de modo algum debilitantes, mas é estranho tentar analisar alguém que habita tão intensamente suas características superficiais.

Ele adora explorar o mundo pelas oportunidades de fotografar que esse tipo de viagem proporciona, mas afirma que seu coração permanece na Noruega. Porém, fico me perguntando de quem ele gostaria de ter aprovação e se o sucesso é mesmo uma possibilidade. […] Quando perguntei de sua longa associação com a Especialista Jaimini Kalimohan “Kali” Shah, ele logo fez um monte de elogios. Acho que ela continuará tendo sua lealdade enquanto ele quiser conquistar fama e sorte, mas temo por seu relacionamento – e a saúde mental dele – caso algum dia satisfaça seu desejo.

-- Dr. Harishva "Harry" Pandey, Diretor da Rainbow